Moçambique come Sirissiri em Tete

Tete (IKWELI) – A gastronomia da província de Nampula está “roubando” atenções na XII edição do Festival Nacional da Cultura, que decorre em Tete. Depois da abertura oficial, o espaço reservado à demonstração gastronómica transformou-se num verdadeiro ponto de encontro para curiosos e apreciadores da culinária macua.



Entre as iguarias apresentadas, destacaram-se a caracata e o tradicional Sirissiri, uma iguaria aquática típica da costa de Nampula, sobretudo na Ilha de Moçambique. O sabor peculiar conquistou não só visitantes comuns, mas também dirigentes e convidados especiais.



Segundo apurou o Ikweli, cada província participante apresentou pratos típicos da sua tradição, mas Nampula despertou particular interesse, atraindo filas de pessoas desejosas de saborear os famosos pratos da capital do norte.



Mário Alberto, natural de Nampula e residente em Tete há cerca de 20 anos, não conteve a sua emoção ao rever um prato que lhe traz memórias da terra natal.



“Quando vi o famoso Sirissiri, não resisti, comprei logo e fiquei muito feliz, porque estava com muitas saudades de um prato típico da minha terra. Quero agradecer ao governo de Nampula por ter trazido esta família macua até Tete. Durante toda esta semana estarei aqui, a matar saudades dos pratos da minha terra natal”, disse.



A curiosidade, também, conquistou moradores locais. Júlia Alfredo, natural de Tete, contou que apenas conhecia a fama da culinária de Nampula, mas teve agora a oportunidade de experimentar.



“Sempre ouvia falar dos pratos típicos dos macuas, mas hoje tive o privilégio de provar o Sirissiri com arroz e feijão-cute. Foi uma delícia. Este festival está a ensinar-nos muita coisa sobre a diversidade cultural do país”, referiu.



Para além dos pratos principais, houve ainda espaço para a degustação do famoso vinho macua, feito à base de caju e proveniente do distrito de Mogovolas, que também despertou grande interesse entre os presentes.



Assim, Nampula não só reafirma a sua riqueza cultural através da dança e música, mas também através da gastronomia, que continua a conquistar paladares e a unir gerações no maior palco cultural do país. (Malito João, em Tete)


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